quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um pilar ou um desafio?

Seria curioso entendermos porque algumas organizações importantes do nosso país desencorajam precisamente aquilo que é considerado como o pilar da construção das sociedades modernas, a formação e qualificação das pessoas. muitas não só não a promovem,de facto, como tentam minar e destruir mesmo as iniciativas individuais de aquisição dessa qualificação. Não admira que estejamos tão atrasados em relação a tanta coisa. A começar pela imbecilidade de muitos gestores à frente dessas mesmas organizações.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Não era suposto o OE e os PEC's terem resolvido isto?

Não era suposto a aprovação do Orçamento de Estado de 2011 na generalidade e os PEC's terem resolvido isto? Ou estão as agências de rating a soldo de algum interesse maior?

http://economico.sapo.pt/noticias/juro-de-portugal-avanca-e-ja-esta-acima-dos-67_107222.html

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Outras motivações...

"De facto, a crise levou à implementação de algumas mudanças na área dos recursos humanos, "focalizadas essencialmente na gestão do líder e na gestão de equipas, sempre tendo em conta a evolução das pessoas", refere Luis Reis, que não tem dúvidas que a motivação é um factor chave para o sucesso e que o facto de se gostar do que se está a fazer e de se sentir útil na empresa conta mais do que a remuneração. E "ter oportunidades de evoluir dentro da empresa é mais importante do que um possível aumento", conclui um estudo do Hay Group sobre o clima de negócios em Portugal. Segundo este estudo, a liderança tem um enorme impacto no clima de uma empresa, rondando actualmente entre os 50 e os 70%."

in http://economico.sapo.pt/noticias/como-gerir-pessoas-e-contrariar-o-pessimismo_103628.html

Ora aqui está uma excelente coisa para se dizer a quem paga. Porque me parecem estes discursos formatados e todos idênticos? E porque colocam sempre o enfoque em não serem os salários a principal fonte de motivação? Nada como realizar estudos por encomenda e dar sempre a resposta esperada como bons prestadores de serviços.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Qual o segredo de uma equipa de sucesso?




O simples facto de qualquer equipa actuar como um corpo único desprovido de outras vias que não aquela que a faz rumar ao sucesso. O segredo não está, como muitos pensam, numa direcção, numa boa liderança, mas sim em várias lideranças estratégicas posicionadas correctamente ao longo da hierarquia que fazem da confiança, de um estruturado e estudado plano de comunicação ou falta dela, de profissionais competentes e direccionado o mesmo objectivo, motivados pela estabilidade constante de um projecto que é sempre visto a longo prazo. Não é uma cabeça, mas um corpo bem estruturado e com uma estratégia inflexível. Estabilidade, estratégia, competência técnica, visão de médio e longo prazo, estratégia comercial direccionada para a criação de sucesso a curto prazo e mais-valias que sustentam o médio e o longo. E tudo isto muito antes de ser uma realidade empresarial. porque não bebem as organizações nas fontes correctas de sucesso? Fica a questão...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Proteja o seu coração!

Desde que inventaram os computadores, as pessoas que têm mania de que são conscientes, como é o meu caso, têm necessidade de, de quando em vez, fazer uma limpeza e dar uma vista de olhos pelos ficheiros e e-mails mais antigos. Mas, como se prova na imagem seguinte, há coisas que não desactualizam, antes pelo contrário, tendem a aumentar exponencialmente. Através de um mail que recebi de uma colega em Novembro de 2009, fica uma ideia bem real da realidade nacional. Estamos necessitados de muitos cardiologistas.

Só digo que é um milagre ainda estar vivo...

domingo, 17 de outubro de 2010

Soberania penhorada

Por estranho que pareça, até pelo facto de pouco se falar nos cafés destas questões (mesmo sendo o café propriamente dito cada vez mais caro), pouca gente compreende a verdadeira face do sistema que coloca os países, havendo sido acordadas previamente estas absurdas regras, como escravos das vontades das entidades monetárias a nível mundial, mas principalmente das entidades bancárias privadas e das agências de rating. Podemos ser estúpidos ao ponto de nos intoxicarmos indefinidamente com cafeína e outras drogas, mas não são elas que nos tolhem o cérebro a ponto de nunca ser questionado pelas massas populares (um termo arcaico mas que confesso gostar particularmente, mais pelas “massas” que pelo “populares”) porque devemos de facto tanto dinheiro e a quem o devemos. Antes de mais devemos tanto dinheiro porque desde há décadas que este país tem parido a pior escória que tem vindo a apoderar-se dos cargos políticos e dos cargos de gestão pública, de empresas públicas ou ainda de lugares nos privados conquistados às custas da incompetência repleta de favores enquanto na titularidade de cargos políticos. Têm gerido da pior forma o dinheiro que quase todos nós vamos depositando nos cofres do ministério das finanças, gastando da forma irracional em luxos e especiais proveitos, realizando operações absurdas como privatizações de empresas estratégicas e lucrativas ou assunção de erros de gestão e crimes de privados pelos contribuintes. Vão mutilando as contas distribuindo por todos os interesses instalados as benesses das parcerias publico privadas que mais não são que sorvedouros de dinheiros públicos inimputáveis.

Ninguém se questiona porque têm os países de se financiar junto da banca quando organismos internacionais fabricam o dinheiro e o colocam depois no mercado. Ninguém entende porque pode o futuro de um país e consequentemente do seu povo ser colocado à mercê de agências de rating que se compreende de forma tão simples pelo mando de quem vão traçando destinos. Não se lembram as pessoas das consequências irracionais da intervenção de entidades mafiosas e de interesses obscuros como o FMI. Não se compreende a dimensão de tudo isto enquanto se observa, de um sofá, apaixonadamente, a beber cerveja alemã e a comer tremoços marroquinos, um jogo de futebol de uma selecção nacional de uma nação que não existe de facto a não ser na imaginação de uns quantos lunáticos.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

De então para cá...



...tanta coisa mudou!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Do capitalismo industrial ao capitalismo financeiro

A lógica do desenvolvimento do capitalismo industrial era de que seria necessário atribuir às pessoas o poder de consumir, e isso conseguia-se retribuindo o trabalho. Seria então de supor que quanto maior fosse o rendimento disponível, maior o consumo e consequentemente mais saudável a economia e o mercado. Não fosse o teor contraditório na génese deste deste sistema e tudo seria perfeito. No entanto, mesmo os mais acérrimos defensores desse mercado e da sua liberdade tornam-se prisioneiros da necessidade constante de reduzir custos. Mesmo que os lucros sejam continuamente crescentes, o mercado representa sempre uma ameaça. mesmo acumulando milhões de lucros é necessário procurar novas fórmulas para reduzir o custo. O capitalismo industrial globaliza-se e procura mão de obra extremamente mais barata no exterior mesmo que isso custe ter de se importar o que antes se produzia. Em paralelo com a indústria, o sector financeiro foi adquirindo cada vez mais poder. Este financia não só as empresas como mesmo os países através de esquemas pouco claros ou transparentes em que as dívidas de uns se tornam mais importantes que as dívidas de outros e se estabelecem padrões de confiança que dita quanto cada país paga pela sua ineficácia de gestão. A determinados países permite-se e incentiva-se que gastem acima das suas posses. A outros corta-se-lhes essas hipóteses balizando ou criando tectos para as dívidas. à medida que as empresas se internacionalizam tornam-se elas mesmas parte do sistema financeiro e engrossam uma nova forma de capitalismo globalizado a que devemos considerar como capitalismo financeiro. Quem manda no capitalismo financeiro? A banca. A banca controla todos os que têm dívida, o que significa grande parcela dos países, a esmagadora maioria dos cidadãos de cada país, e a grande maioria das empresas que são parcela de interesse da própria banca.

A actual crise foi criada precisamente no seio mais profundo das contradições do capitalismo financeiro. A banca vendeu lixo como ouro e depois colheu os frutos disso mesmo. Porque não vemos uma falência colossal da banca? Porque são os cidadãos contribuintes que, através dos Estados, por múltiplos esquemas, vão pagando as falências da banca. um pouco por todo o mundo isso sucedeu dessa forma, incluindo no nosso país. Ao contrário do que anunciaram não se nacionalizou um banco, antes fez-se uma distribuição pelos contribuintes dos prejuízos criados por uma mega-fraude de um banco privado que veio ao de cima precisamente quando esta crise veio à tona.

Os inimigos do Estado recorreram ao próprio Estado para salvar as suas fortunas e para salvar o sistema tal como o viemos a conhecer nestes anos. Seria normal pressupor que, através de uma aposta nos sectores exportadores e também num incentivo ao consumo interno pudessemos dar a volta à crise instalada. No entanto o capitalismo financeiro vê as coisas de forma diferente.

Existe uma elite de governantes e gestores e esses devem ser premiados mesmo quando nos arruínam. E existe a generalidade da população que vive dos rendimentos do seu trabalho e que forma a grande massa que é a classe média e as classes mais baixas, e a esses devem ser impostas medidas de forte austeridade. Os gurus do capitalismo financeiro vêm como necessários os cortes nos salários como se isso não representasse uma contradição à própria essência do capitalismo e um retrocesso para a era feudal. É uma ideia aberrante pensar que um exército de pobres pode consumir mais e mais quando os bancos que antes atiravam com financiamentos para tudo e mais alguma coisa aos olhos dos cidadãos começam hoje a fechar esse caudal irracional e a filtrar quem pode ou não pagar tanta loucura. com menores rendimentos menores serão as possibilidades para pagar as despesas correntes e muito menos para contrair despesas sobre bens não essenciais. Claro que na prática não é bem assim. A lógica do mercado impede que o cidadão faça uma escolha racional. E isso vê-se principalmente quando essa escolha está no campo da política.

neste momento temos países a serem extorquidos por sistemas financeiros irracionais. Fabricar dinheiro e colocá-lo na banca a um juro marginal para depois essa mesma banca decidir segundo critérios obscuros como e a quem empresta e sob que condições é uma forma de colocar a corda no pescoço de países que, tal como o nosso sacrificou o seu tecido produtivo em busca de uma forma de ganhar dinheiro sem fazer rigorosamente nada. Os governos quase desde o 25 de Abril, sacrificaram a nossa produção em busca de quimeras- Somos um país com problemas demográficos gravíssimos e eliminámos grande parte da produção efectiva. Salvam-nos alguns sectores das novas economias, mas mesmo assim ainda com peso muito reduzido. salvam-nos algumas internacionalizações bem geridas e orquestradas como o caso da EDP ou da PT. Mas é muito pouco.

O que o capitalismo financeiro pretende é precisamente destruir o resto da nossa economia subjugando-nos ainda mais aos delírios das vontades de um sistema viciado e podre. Cortes salariais são uma contradição com a própria lógica capitalista mas servem os interesses de uma das partes muito bem, pelo menos a curto prazo.

domingo, 19 de setembro de 2010

Estágios não remunerados são fraude



É necessário termos em conta que crescem as ofertas de estágios não remunerados principalmente na área dos Recursos Humanos. Estes estágios não só são eticamente reprováveis como devem ser denunciados como fraudes ao mercado de trabalho e como atentados aos direitos dos profissionais do sector em causa que se vêem confrontados com uma exploração em massa de mão de obra fazendo-se valer da situação económica que o país atravessa para contribuir para que ela seja ainda pior e se aprofundem as condições que geram a crise económica.

O trabalho gratuito é um atentado contra o direito a um salário sob a fraudulenta desculpa do estágio que repreenta já mais de metade da ofertas de suposto emprego no sector. Fraude porque para além de ser violador de direitos fundamentais ainda provoca um desvio nos dados sobre o desemprego. para todos os efeitos os estagiário que nada recebem são considerados empregados.

Há que intervir de forma firme sobre esta fraude laboral praticada por grande e pequenas empresas do sector e mesmo de outros sectores de actividade.

sábado, 18 de setembro de 2010

Aulas têm início no dia 11 de Outubro

Neste ano lectivo de 2010 / 2011 as aulas terão o seu início no próximo dia 11 de Outubro. Espero um regresso deste espaço como espaço de contacto entre todos os colegas desta instituição na área de Gestão de Recursos Humanos. Faço votos para os maiores sucessos para todos os colegas, desde os que terminaram já durante este tempo a sua licenciatura, como para todos os que estão agora a entrar. é necessário manter o espírito vivo de uma instituição que tem uma grande importância no contexto do trabalho prático no dia.a.dia das empresas e no meio académico. As instituições são aquilo que delas fazemos, e são a soma de tudo quanto as compõe. dão e recebem conhecimento.

Um excelente ano lectivo para todos e em especial para aqueles que abraçam o projecto que este ano inicia de mestrado nesta área de estudos.

domingo, 14 de março de 2010

O PEC e o desemprego

Segundo o que foi divulgado pela TSF é intenção do Governo reduzir aos subsídios de desemprego com vista a estimular o regresso à vida activa.

Temos muitos ângulos por onde analisar esta questão. É necessário saber, e com toda a certeza o governo estará munido de uma informação suficientemente clara para argumentar que a redução no subsídio, ou nas condições para a sua obtenção se traduz efectivamente num regresso à vida activa dos actuais desempregados. Sabem então qual o tipo de desempregados que temos e querem-nos de volta à vida activa.

Temos de considerar antes do mais que, os desempregados que têm efectivamente direito ao subsídio de desemprego não são nem de perto nem de longe a totalidade dos desempregados inscritos nos centros de emprego. O seu número é muito menor. Outra coisa a ter em conta é que nos centros de emprego não são os locais ideais para se procurar trabalho real, aquele que existe no dia-a-dia dos mercados de trabalho. Essas oportunidades têm de ser procuradas directamente junto das empresas ou, em alternativa, junto de outras empresas que recrutam nas mais diversas formas. O próprio mercado está estruturado de forma a privilegiar as empresas que prestam serviços nas áreas de recursos humanos em detrimento de uma espécie de mercado social de trabalho que constitui por si só uma utopia que apenas gera ilusões dos mais diversos teores. Assim sendo, temos de considerar se o mercado tem efectivamente capacidade para absorver estas pessoas se elas pretenderem regressar á vida activa. Não querendo trazer para este espaço de breve reflexão dados estatísticos, baseio-me no senso comum, com todo o erro que possa trazer, para afirmar que o mercado não tem essa capacidade. Mas, em conjunto com isso, existe um número considerável de desempregados, que o são de forma sistemática e que não querem de facto, ingressar na vid activa normal de trabalho. E isto pode suceder tendo como um dos possíveis motivos, a não exigência de provas concretas e palpáveis de que o indivíduo (porque a análise tem de ser caso a caso) procura realmente trabalho.

A primeira obrigação do Estado, e o trabalho é antes de mais um direito e assim tem de ser visto, é fazer com que os indivíduos entendam que as oportunidades não nascem em instituições já por si minadas de forma a serem ineficazes. Não existe um mercado social de trabalho porque existe um negócio muito bem estruturado e montado em torno destas questões na esfera privada. E assim sendo, é obrigação do Estado formar os indivíduos para que saibam como e onde procurar trabalho. Faz parte do exercício da cidadania. Para que exista um apoio no desemprego há que haver efectivamente uma situação de desemprego, mas também uma situação de procura e empenho nessa procura de alternativas no mercado. Tem este a capacidade de resposta positiva em muitos dos sectores mais atingidos? Acredito que não tem, de facto e aí sim, deve intervir de uma forma bem mais contundente.

Antes de mais, para distinguir os tipos de desempregados há que promover uma cultura de trabalho alternativo. Quem recebe subsídio de desemprego deve automaticamente estar sujeito a um programa de trabalho social. Claro que não pode ser obrigatório, seria mesmo inconstitucional. Contudo é muito mais fácil premiar com uma extensão de prazo e aumento do rendimento proveniente desse subsídio, aqueles que, procurando efectivamente trabalho, participam na vida social e das comunidades. Aqueles que à partida não aceitam esta solução, serão exactamente os mesmos que estacionam nos centros de emprego à espera que caiam do céu propostas de trabalho. Nestes casos deve haver aquilo que o governo agora sugere, uma redução com vista à reintegração ou integração na vida activa. Mas será que isso produz realmente resultados?

Há que separar desde logo as diversas tipologias de desempregados. Tem de ser visto de forma diferenciada os casos de desemprego involuntário em áreas de actividade que estão por si mesmas em decadência, ou em processos de deslocalização, por exemplo, esvaziando-se em muitos casos o tipo de funções exercidas e para as quais os indivíduos têm formação específica. Ou ainda o trabalho indiferenciado de indivíduos que não têm grande formação e cuja idade não permita o reingresso pleno ao mercado de trabalho até por questões discriminatórias desse mesmo mercado que não cabe aqui analisar. Sem essa diferenciação não é possível qualificar as vontades e cruzá-las com as capacidades de ambos, mercado de trabalho e indivíduos, corresponderem nas suas necessidades mais específicas. O estado tem como obrigação, não conseguir empregos, mas antes preparar as pessoas que efectivamente querem estar na vida activa e que por qualquer problema involuntariamente se encontram em situação de desemprego. Preparar com a informação, como já disse de quais as reais ferramentas ao dispor das pessoas para procurarem “existir” e “contar” para o mercado real de trabalho. Formar os indivíduos que estão à partida mais limitados e fragilizados para as áreas onde existem necessidades específicas quer no sector público quer no sector privado. Ao estado cabe proteger as empresas e os indivíduos adaptando a legislação de forma a premiar os esforços de ambos, empresas e indivíduos, através de incentivos ou reduções fiscais, por exemplo. Mas, um Estado que está empenhado nessa dupla protecção social, pode e deve, ao reduzir no subsídio de desemprego, constituir um fundo que vá complementar os vencimentos, ou seja um subsídio de reingresso que deve ser aplicado em conjunto com benefícios fiscais para os empregadores.

Não me parece ter sido essa a ideia ou ser essa a intenção do governo com esta proposta. Está aqui contemplada a parte do corte que, aparentemente, prejudica aqueles que não querem o regresso á vida activa, mas vai atingir muitos que t~em essa vontade e que por razões de vária ordem não conseguem ingressar ou reingressar no mercado real de trabalho. O Estado é responsável também pela não descriminação na selecção de pessoas nas organizações em função seja de que critério for, excepto a própria vontade de trabalhar.

Mais uma vez, com este tipo de medidas, o que sucede é que o mercado encolhe ainda mais. Não é por causa da redução do subsídio que surgirão mais oportunidades para os que querem, e não vão deixar de viver de expediente aqueles que o não querem.

Portugal, um pequeno país que viu reduzido ao mínimo o seu tecido industrial e que é um país pobre de recursos, dá-se ao luxo de ter políticas sociais que sustentam comunidades inteiras que apenas sobrevivem à custa de formas de parasitarismo social e nada faz para agir contra isso. Houve uma correcção ligeira nas atribuições dos rendimentos mínimos quando passaram a designar-se como rendimentos sociais de inserção. Em alguns casos estes rendimentos acompanham os subsídios de desemprego e temos famílias inteiras que vivem meramente das contribuições sociais.

Os conceitos que estão na génese dos rendimentos de inserção são não só correctos, como fundamentais numa sociedade moderna. Contudo, não podemos confundir rendimentos de inserção com rendimentos fixos de indivíduos, famílias ou comunidades que em circunstancia alguma participam activamente na sociedade contribuindo com o seu trabalho e os seus impostos.

A única forma que é transmitida pelos políticos e nomeadamente pelo poder para resolver esta situação é a aplicação de um critério arbitrário não diferenciando positivamente aqueles que desenvolvem esforços reais de obtenção de trabalho ou que têm condições particulares de limitação no ingresso no mercado real de trabalho.

Quer então parecer, se seguirmos esta linha de pensamento, que apenas se pretende aqui uma medida que não é correctiva nem se aplica apenas aos que não querem, mas antes arbitrária e não diferencia positivamente os que efectivamente querem estar na vida activa. Logo, acaba por ser mais um embuste político e económico pois não gera qualquer mais-valia para a sociedade, para as pessoas atingidas em concreto e para as empresas que efectivamente pretendem criar postos de trabalho e com condições realmente dignas para quem pretende trabalhar.

Esse é o outro prato da balança. As empresas têm de ser protegidas no seu esforço e na sua tarefa social de criar postos de trabalho (quando se trata efectivamente de uma tarefa social que pode e deve existir). E devem ser mais protegidas quanto menos limitativo é o vínculo laboral a criar.

Esta visão global é que deve servir de base a qualquer intervenção nas condições da atribuição do subsídio de desemprego pelo que considero errada a forma de colocar a questão pelo governo. Mais uma vez se cortam precisamente nos elos mais fracos da cadeia. É já um hábito estrutural mas altamente pernicioso do sistema político e económico em que nos têm feito viver.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Novos conceitos - gestão desumana de recursos

Uma peça interessante, claro que políticamente marcada, mas nem por isso deixa de ser interessante e de merecer uma reflexão profunda sobre as novas práticas de gestão e de gestão de recursos humanos. Diria no termo correcto, de gestão desumana de recursos.

A ler aqui.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Alterações profundas têm de ter em atenção interesses dos estudantes

Foram-nos transmitidas alterações profundas à estrutura do curso de Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos. Melhor dizendo, foram transmitidas as ideias base mas não foi detalhado qualquer pormenor
que pudesse dar-nos a entender até que ponto os interesses dos estudantes estão salvaguardados neste processo.

É fundamental perceber se o plano de equivalências contempla que não fiquem cadeiras em atraso de anos lectivos já completos. Sabemos que isso irá suceder pelo menos do 1º para o 2º ano. Daí deriva a necessidade de haver uma integração de horários por forma a que seja possível a frequência simultânea das cadeiras de anos diferentes sem prejuízo de alteração da estrutura do horário ou da cartga horária em si não podendo ser introduzidas horas suplementares às previstas, e muito menos fora do período normal de aulas que é das 17 às 21 no caso das turmas da tarde e das 19 às 23 no caso dos pós-laborais.

Esta alteração, que à partida não só é interessante como introduz alguns factores que vêm credibilizar ainda mais o curso em si, poderá revelar-se contraproducente no caso de não ter havido esta preocupação administrativa de dotar os alunos de condições para não serem prejudicados no que já fizeram nos anos anteriores e na possibilidade, antes mesmo obrigatoriedade, dessa conciliação de horários com vista ao proseguimento normal da estrutura do curso.

Espero feedback por parte dos colegas. E será positivo que toda a informação que vá sendo disponibilizada seja, à semelhança do que tem vindo a ser habitual, partilhada entre nós por todos os meios.

Um bom regresso a todos os colegas Votos dos maiores sucessos!

sábado, 12 de setembro de 2009

International Gaia Congress apresentado e debatido


Decorre amanhã, dia 12 de Setembro, a apresentação pública do International Gaia Congress. O espaço escolhido para o evento é o Fórum da FNAC do Gaiashopping. Fica o link para a iniciativa de apresentação.. Fica também o link para esta importante iniciativa do ambito académico e científico a decorrer nos próximos dias 24 a 26 de Setembro.

Calendário Académico 2009/2010

Encontra-se disponínel aqui o Calendário Académico para 2009/2010. para os estabelecimentos de ensino do grupo Unisla.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma fonte de informação a reter

Para aqueles que têm como método de investigação e estudo a pesquisa de trabalhos de diversos autores, bem como livros e manuais devidamente referenciados existe uma ferramenta que pode e deve ser utilizada quer a nível de consulta, quer a nível de alimentação de conteúdos. Podem obter essas referências aqui.

Poderão encontrar desde livros a trabalhos académicos de todo o tipo de de todo o mundo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Resumo muito pessoal do ano

Não me parece que consiga de outra forma que não esta resumir o ano (lectivo obviamente) que passou. Este vídeo em particular é a imagem mental, a síntese qualitativa que faço destes últimos meses...

Para quem conseguir decifrar a linguagem...

domingo, 5 de julho de 2009

O Pacto Social - referências

É importante conhecer na prática como funciona a construção de um pacto social. pode representar uma ajuda preciosa na identificação dos diversos elementos nele constantes e no estabelecimento de uma relação real com o CSC.


SUQ
http://www.onthespotfirm.mj.pt/ENH/sections/PT_pactos/suq-1-06-ii-pdf/downloadFile/file/SUQ-1-08.pdf

Ficam alguns exemplos das minutas dos mais recentes formatos de Pactos Sociais para que se possa estabelecer essa relação com a prática. Colocarei ainda posteriormente exemplos práticos de pactos Sociais de empresas em concreto.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Apontamentos MARH

Podem encontrar aqui o resumo da matéria de Métodos de Avaliação de RH. Devem ser apenas utilizados como complemento à documentação disponibilizada pela Professora e não como instrumento principal de estudo. Poderá ser necessária uma aplicação específica (e.g. Winrar) para abrir este ficheiro. Poderão fazer o download da versão trial do mesmo aqui.

domingo, 28 de junho de 2009

TEAM

Fui desafiada há alguns dias a escrever algo no blogue. Devo confessar que é um papel com o qual não me sinto muito confortável, no entanto como não sou de virar as costas a desafios apenas aguardei pelo timing adequado!
Antes de iniciar quero apenas referir que não tenho capacidade de síntese e que me perco com as palavras pelo que, aconselho vivamente aos (eventuais) leitores que apenas leiam quando tiverem dificuldade em adormecer, pois acredito ser um óptimo anti-insónias!
Assim, permitam-me a ousadia, mas irei fazer o balanço deste primeiro ano mas de uma forma muito pessoal.
Como é meu apanágio, deixo tudo para a última hora e o reingresso no Ensino Superior não foi excepção. Cheguei um pouco mais tarde que os restantes e devo confessar que inicialmente senti algum constrangimento. Os primeiros dias de aulas não foram fáceis para mim. Já todos se conheciam e senti-me uma outsider. O meu objectivo inicial era “sacrificar” três anos da minha vida com vista à progressão profissional, pelo que, determinada como sou não me deixei afectar. Os dias foram passando e comecei a conhecer-vos melhor. Todos diferentes, com realidades e vivências distintas mas com o objectivo comum de dar o seu melhor com vista ao cumprimento do que se tinham proposto!
Estou rodeada de pessoas de muito valor. É incrível ver os progressos que todos nós fomos fazendo ao longo destes quase 9 meses e acredito vivamente que todos partilham da mesma opinião. Apesar de sermos muito diferentes sinto que nos completamos. Rejubilamos com os nossos e os sucessos dos outros e, felizmente, não tivemos muitos contratempos.
Apesar de por vezes individualistas sinto que existe um espírito de companheirismo muito grande que se revela nos momentos mais cruciais (épocas de apresentações de trabalhos e de exames)!
Espero sinceramente que nos mantenhamos assim!
Tudo isto para dizer que o que pensava ser um sacrifício tornou-se num enorme prazer graças a todos vós. Assim sendo, de uma forma muito egoísta, apenas vos quero agradecer este facto! Sinto que cresci nos últimos meses e espero crescer ainda mais nos próximos!

TEAM-Together everyone achieve more!

Um bem-haja a todos e fantásticos resultados nos exames!